Emoção, sorrisos e
muitos aplausos. É assim que a noite de sábado (1º) será lembrada pela plateia
que foi celebrar os 202 anos do Teatro Arthur Azevedo (TAA), segunda casa de
espetáculos mais antiga do Brasil. Uma data especial também pede um público
especial, que, na ocasião, foi formado por pacientes da rede estadual de saúde,
servidores da Secretaria de Estado da Saúde (SES), funcionários de unidades e
seus familiares.
Fruto de uma parceria com a SES, o TAA abriu suas
portas para oferecer uma programação especial que contou com as apresentações
da Orquestra de Violões da Escola de Música do Maranhão Lilah Lisboa, da
Orquestra de Música da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e da Orquestra
Jovem do Maranhão João do Vale. No
repertório, composições que iam do erudito ao popular.
“Essa memória afetiva que envolve arte, música, peças, é o que faz o Teatro
Arthur Azevedo resistir ao longo desses 202 anos. Sejam servidores,
funcionários da rede e pacientes que estiveram aqui nesta noite, todos saíram
extasiados com tamanha beleza pelos espetáculos apresentados. Momentos como
esse nos ajudam a transcender, porque a arte tem o poder de ressignificar as
circunstâncias ruins e ajudar a encarar o mundo de outra forma”, disse o
secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Para Celso Brandão, diretor do TAA, a participação da
SES na celebração de aniversário brindou a primeira de outras parcerias que
virão. “Para nós do Teatro, foi
uma oportunidade única poder ofertar uma programação de alto nível às pessoas
que precisam de acesso à cultura. Por motivos especiais, elas não teriam como
prestigiar os espetáculos desta noite, então poder proporcionar isso por meio
da parceria com a secretaria é muito gratificante”, compartilhou.
Um dos momentos mais marcantes da noite foi quando
Edson Cosmos, regente da Orquestra Jovem do Maranhão João do Vale, fez o
convite para que alguém da plateia se fizesse presente no palco. A moradora da Residência Terapêutica Estadual
Dra. Amarilis Toledo, Célia Cristina, se levantou e teve o privilégio de reger
uma toada de bumba meu boi feita por violinos, piano e instrumentos de sopro.
Ao final, Célia foi efusivamente aplaudida pelo público.
De acordo com Paulo Ferreira, coordenador da Casa de Apoio do Hospital de
Câncer do Maranhão, a ida ao TAA foi uma quebra de rotina. “Eventos como esse
são uma opção de entretenimento para os pacientes. Alguns moram em lugares tão
pequenos que de outra forma jamais teriam uma oportunidade de conhecer o
teatro. Tirá-los do ambiente da Casa por uns instantes é muito bom e contribui
para a evolução do quadro clínico, além de ser um momento de quebrar a rotina”,
comentou.
Prova disso é o paciente José Nazaré Reis, do município
de Cururupu, que está em São Luís para fazer a consulta de rotina do tratamento
contra o câncer. “Foi tudo muito
bonito. É a primeira vez que venho a este teatro e achei ótimo”. Já a dona
Jovenília Quadros Diniz, esposa de José, guardará tudo como uma boa lembrança.
“O que mais me emocionou foi que tocaram uma música com sotaque de bumba meu
boi, e lá em Cururupu o nosso sotaque é o de costa de mão. Isso tudo foi muito
encantador”, afirmou.
Também esteve presente na noite de espetáculos o deputado licenciado e
secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), Rubens
Pereira Jr. Na oportunidade, ele fez menção à emenda
parlamentar que garantiu R$ 200 mil em novos equipamentos para o TAA.
“O Teatro Arthur Azevedo já mudou e ainda mudará a vida de muitas pessoas. Quem frequenta esta casa de cultura tem sim a
vida transformada porque a arte faz isso com a gente. Quem sai ganhando com o
investimento feito aqui é a sociedade maranhense”, pontuou o secretário.
Ao final da programação, o público cantou parabéns em
ritmo de samba.
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